Pedagogia da Autonomia

Título: Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa

Autor: Paulo Freire

Edição: 43/2011

Editora: Paz e Terra

 Sinopse:
Na Pedagogia da autonomia, de 1996, Paulo Freire nos apresenta uma reflexão sobre a relação entre educadores e educandos e elabora propostas de práticas pedagógicas, orientadas por uma ética universal, que desenvolvem a autonomia, a capacidade crítica e a valorização da cultura e conhecimentos empíricos de uns e outros. Criando os fundamentos para a implementação e consolidação desse diálogo político-pedagógico e sintetizando questões fundamentais para a formação dos educadores e para uma prática educativo-progressiva, Paulo Freire estabelece neste livro novas relações e condições para a tarefa da educação.


Minha Resenha:
De acordo com Paulo Freire o educador deve ser democrático, dar oportunidade a argumentação, um bom professor não impõe um ponto de vista como verdade absoluta, ele aceita que os alunos pensam de formas diferentes, ele deve estar disposto a ouvir indagações, curiosidades e inibições dos educandos, ele deve ser um ser critico, inquiridor, inquieto e curioso, deve estar sempre buscando novas respostas e fazendo novas perguntas. Ele também deve estar disponível a se arriscar, a aceitar o novo ou o velho, mas também deve estar ciente de que só porque algo é novo ou velho ele não deve ser acolhido ou rejeitado de imediato. Diz ainda que o educador deve possuir uma rejeição absoluta a qualquer forma de discriminação, pois se sabe que a mesma nega a substantividade do ser humano e nega também radicalmente a democracia. Freire ainda nos questiona sobre o que o educando vai pensar de um educador que até ontem defendia com ardor a luta pela conquista da autonomia, dos sonhos e hoje faz um discurso fervoroso contra tudo o que lutava, que até ontem lutava por melhorias e hoje abaixa a cabeça para as imposições do governo, mas que insiste em dizer que não mudou, o professor deve ter o bom senso de saber que de nada serve falar ao aluno de democracia e liberdade e logo em seguida agir com autoritarismo sobre o mesmo. Ele ainda defende a ideia de que a docência deve ser critica que o professor não pode ser indiferente à sociedade, que ele deve participar da mesma, ser ético e manter os ideais que defende. O professor deve também perceber que é importante para os educandos os gestos de compreensão, de solidariedade e de estimulo, pois estes elevam a autoconfiança do educando.

De acordo com Freire, é preciso que os professores se convençam definitivamente que ensinar não é transmitir conhecimento apenas, mas sim criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção, ensinar vai além de apenas transmitir ao educando o conhecimento, ensinar é também aprender, receber o conhecimento social do mesmo, e assim respeitar a autonomia e a dignidade do educando. O professor deve ter em mente que ele é algo inacabado e deve estar sempre em busca de conhecimento, de estar se renovando. 


Minha opinião:  
É um livro bom, um pouco chato, mas é um livro bom. Apesar do autor dar muitas voltas em torno do assunto é de fácil compreensão. Recomendo?! Sim e não. Sim para quem quer se aprofundar na área da educação, e não para quem não tem paciência com autores que dão voltas em torno de algum assunto.